Livros

Trajectória inconsútil do desejo

de João Manuel Ribeiro

«Tenha, ou não, consciência disso, dir-se-á que é na procura da desconstrução desta poiesis que João Manuel Ribeiro, na entrega intitulada Trajectória Inconsútil do Desejo, decide conciliar um “gozo estético” do corpo com uma ética configurada no quadro de um ofício que lhe confere excepcional relevância como sujeito do sonho criador, efeito de ressonância de um movimento de idealização interiorizada, constituído a partir da aceitação em que fundamenta aquele paradigma do sentir que, à maneira oriental, concorre para que o desejo se manifeste sem palavras, no momento em que, tomando a parte pelo todo, e como o própria sublinha, assinala: “O corropio das mãos na vertigem/ da trajectória inconsútil do desejo.”» (Vergílio Alberto Vieira, Prefácio).