Ilídio Sardoeira: o caçador de madrugadas
de João Manuel Ribeiro / Ilustração - Catarina PintoDe Ilídio Sardoeira ficaram a memória e as palavras: as palavras doces como o mel e cortantes como um punhal, as palavras certas no coração das coisas essenciais, as palavras que deram ser e corpo à liberdade, as palavras com que descobriu e aprendeu tantos (primeiros) segredos…
De Ilídio Sardoeira, o tempo – aquele que viveu entre nós, aquele que nos faz viver ao ler os seus escritos, e aquele que nos fará amar sempre a liberdade – é, foi e será fonte e ventre…
… de um caçador de madrugadas!
A vida é um mistério deslumbrante,
Um desvendar eterno
Através de sombras e fantasmas…
Viver é procurar pôr sobre a terra
O sonho que no berço iniciámos!
(A minha aldeia, 1940)